Sou cirurgião vascular e endovascular e atuo no diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas aos sistemas arterial, venoso e linfático. Ou seja, doenças vasculares que acometem os membros superiores e inferiores, tórax, abdome, pelve e região cervical.
Como cirurgião endovascular, posso realizar o tratamento das doenças vasculares navegando por dentro dos vasos, de forma minimamente invasiva, através de finos tubos denominados de cateteres. Isso possibilita que o tratamento seja realizado sem cortes e com recuperação mais rápida.
No momento em que identificar quaisquer sinais ou sintomas de doenças vasculares, pois elas podem causar grandes complicações para a sua saúde.
Prevenir e tratar precocemente fazem toda a diferença!
O cirurgião vascular é o especialista capacitado para diagnosticar e tratar as doenças relacionadas ao sistema circulatório, sejam elas de origem arterial, venosa ou linfática.
Esse profissional é habilitado para realizar tratamentos das doenças vasculares de forma clínica, quando for o caso. Assim, o médico fará a indicação adequada de medicamentos, dispositivos não cirúrgicos e alterações nos hábitos de vida, controle de diabetes e colesterol, exercícios físicos, entre outros, auxiliando seus pacientes a melhorarem a qualidade de vida.
Nos casos em que a melhor estratégia de tratamento for a realização de cirurgia, os cirurgiões vasculares são capacitados em todas as técnicas de tratamento.
A cirurgia endovascular é uma área da Cirurgia Vascular que proporciona o tratamento através de técnicas minimamente invasivas, feito a partir da inserção de um cateter nos vasos sanguíneos do paciente.
Assim, não é necessário fazer cortes na pele como nas cirurgias convencionais. Este tipo de tratamento requer cortes menores e, em muitas vezes, pode ser realizado com um simples orifício na virilha. O tempo de recuperação é geralmente bem menor e mais confortável para o paciente
Essa especialidade está em constante evolução, permitindo que cada vez mais doenças tenham seus tratamentos facilitados e simplificados.
Sentir dores ao se movimentar ou caminhar pode ser sinal de problema na circulação sanguínea.
Esse problema deve ser avaliado para descartar causas como varizes e comprometimento das artérias.
Hereditariedade é um dos principais fatores de risco para praticamente todas as doenças vasculares. Sendo assim, história positiva para AVC, infartos, tromboses, varizes, entre outras doenças circulatórias, em pais, mães, irmãos e até avós, deve ser encarada como um alerta para uma avaliação especializada precoce.
Apesar de ser comum episódios de edema (inchaço) esporádicos no corpo, quando ele ocorre de forma constante pode ser sinal de má circulação nos vasos linfáticos ou comprometimento do retorno venoso.
O excesso de cãibras pode indicar problemas circulatórios.
Alterações nas sensibilidades dos membros ou dos pés pode indicar associação de doenças da circulação, principalmente em pacientes com longa história de Diabetes.
Úlceras na pele com cicatrização difícil podem sugerir vários tipos de problema, inclusive comprometimentos circulatórios.
Caso sua pele se torne mais avermelhada, acastanhada, azulada ou até mesmo com coloração esbranquiçada pode indicar problemas nos vasos e veias.
Os pés pálidos podem indicar problemas de circulação arterial, causado por aterosclerose e obstrução das artérias.
Essa condição tem os mesmos fatores de risco para AVC e infarto.
Então, fique ligado e procure um médico vascular imediatamente se perceber palidez e dor nos pés.
Os pacientes com doença renal crônica dialítica necessitam de confecção de acessos para a realização de hemodiálise. Esses acessos podem ser realizados por confecção de fístulas arteriovenosas ou por meio de cateteres venosos.
Pacientes com diagnósticos de miomatose uterina podem se beneficiar do tratamento com embolização das artérias uterinas. É um procedimento minimamente invasivo usado para tratar miomas que causam sangramento menstrual intenso, dor ou sintomas compressivos na bexiga ou intestino.
A massa abdominal pulsátil é um alerta clínico para a presença de um possível aneurisma de aorta abdominal. Nesses casos, o diagnóstico deve ser realizado o mais breve possível.
Ao apresentar sintomas como dor e inchaço nos membros, alterações na temperatura corporal, formigamento e dificuldade para caminhar, o profissional deve ser consultado.
O primeiro passo é avaliar a origem dos sintomas e, a partir daí, alcançar um diagnóstico assertivo.
Existem certos sinais emitidos pelo corpo que indicam a possível existência de um problema vascular ou circulatório. Esses sintomas precisam ser investigados o quanto antes, já que o diagnóstico precoce de doenças vasculares é fundamental para a eficácia do tratamento.
Alguns desses sinais e sintomas são:
Trata-se da formação de placas de gordura que se instalam nas artérias. Essas placas podem se formar nas carótidas e ocasionar o AVE, popularmente conhecido como “derrame”. Quando estão nos membros inferiores, podem dificultar a caminhada e predispor a formação de feridas.
A trombose arterial ocorre quando a formação de um coágulo sanguíneo impede ou bloqueia completamente o fluxo de sangue de uma artéria. Quando ocorre em vasos de médio e grande porte pode causar condições graves de saúde e levar até a perda do órgão.
Aneurisma é a dilatação anormal de um vaso, causada pelo enfraquecimento de suas paredes ou por trauma, podendo provocar a ruptura total do vaso sanguíneo. Os tipos mais comuns de aneurisma são da artéria aorta abdominal ou da aorta torácica, e seu rompimento aumenta consideravelmente o risco de morte.
Além desses tipos de aneurismas centrais, existem os aneurismas da artéria poplítea (região posterior do joelho) que é responsável pela oclusão (entupimento) das artérias da perna e consequentemente por amputações.
Doença que acomete as veias responsáveis pelo retorno do sangue para o coração.
O envelhecimento e outros fatores de saúde deixam essas veias dilatadas e com válvulas enfraquecidas, fazendo com que o sangue se acumule em determinados pontos, formando as varizes. Quadro mais avançados de doenças de varizes podem levar à formação de manchas, irritação na pele e úlceras crônicas nas pernas. Atualmente, o tratamento pode ser realizado desde a cirurgia com a retirada das veias varicosas até a realização de técnicas minimamente invasivas com a radiofrequência.
Linfedema é o acúmulo de líquidos em determinada área do corpo – geralmente, braços e pernas – o que leva ao inchaço.
É causado por uma obstrução do sistema linfático, ocasionado pela remoção do linfonodo, ou por danos provocados por tratamentos do câncer e outras condições.
A trombose venosa ocorre quando um coágulo sanguíneo está localizado em uma veia, sejam elas superficiais ou profundas, de pequeno, médio ou grande calibre.
Quando uma trombose se forma em veias profundas, pode ocasionar um tromboembolismo venoso, que é quando o trombo se desprende do local de origem e circula pelo corpo, podendo se alojar em órgãos como o pulmão, causando embolia pulmonar; condição potencialmente fatal.
A linfangite é uma infecção do sistema linfático, enquanto a erisipela é uma forma de linfangite determinada por um tipo específico de estreptococo. Ocorrem com mais frequência em pessoas com diabetes ou baixa capacidade imunológica.
Os principais sintomas incluem estrias avermelhadas, inchaço dos linfonodos, febre, dor de cabeça e sensação de mal-estar.
Os pacientes renais crônicos realizam a hemodiálise por meio de acesso vascular. Esse acesso pode ser por meio de cateteres ou preferencialmente por meio de fístulas-arteriovenosas. O cirurgião vascular é o médico responsável pela confecção destes acessos.
É uma complicação do diabetes caracterizada por uma ferida (úlcera) nos membros inferiores, agravada por uma infecção, mas também pode englobar qualquer alteração de origem neurológica, ortopédica ou vascular que afete essa região.
Além disso, as pessoas com diabetes tendem a apresentar problemas de circulação, o que dificulta a chegada do sangue até os membros mais distantes do coração, especialmente os pés. Em consequência, essa região recebe menos oxigênio, o que prejudica a cicatrização e pode levar à morte do tecido, conhecida como necrose ou gangrena.
Atualmente existe a possibilidade de realizar tratamento para os casos de miomatose uterina por meio da embolização das artérias que nutrem este órgão. Trata-se de um procedimento menos invasivo e que pode ser indicado em alguns casos.